Problemática

Pensamos que o cientista social, enquanto profissional que desempenha um certo ofício, tem como um de seus objetivos interpretar os fatos, as instituições, e as relações sociais através de métodos e técnicas relativas a sua área de conhecimento, tentando, assim, somar suas conclusões à grande quantidade historicamente produzida de conhecimento sobre o mundo que nos envolve e a realidade social que viemos a construir. Mediante seus estudos e sua prática profissional, o cientista social pode buscar contribuir com seu trabalho - para além da academia - divulgando-o a consciências alheias, e com sua possível aplicação na dimensão prática da vida, visando melhorar a qualidade de vida sócio-ambiental da comunidade em que está inserido, seja também buscando a transformação das formas de inter-relacionamento cotidiano; aquele profissional que mesmo consciente do oficio que tem de realizar, tem para si a responsabilidade e a visão de que pode superar seu papel profissional, deixado para trás o véu que acomoda todo indivíduo afeito ao discurso da imparcialidade e partidário da prática desencantada que produz ou reproduz conhecimento em si mesmo indiferente ao objeto do qual suas conclusões são fruto, o profissional das Ciências Sociais, consciente de que enquanto sujeito não é apenas cientista social, sabe que tem, mediante seus conhecimentos, saberes, capacidades e possibilidades, a responsabilidade de uma prática social e regular que objetive a modificação das estruturas sociais, consciências e atavismos que continuam a reproduzir diferentes e plurais mazelas sociais.

Todo o ambiente social é propício para esta prática, mas aqui, pensamos na construção de uma situação, de um pequeno espaço que seja todo direcionado para a troca de experiências, ao aprendizado em conjunto, a identificação de novas e diferentes posturas frente à realidade social, a reflexão sobre a realidade em que se vive e a maneiras plurais de se atuar nela. O espaço que se pensa construir estará atomizado, mas tem em si a prerrogativa de se colocar na paulatina construção de uma dimensão social onde seus agentes sejam soberanos, autodeterminados e tenham consciência das suas responsabilidades e necessidades, bem como das dos seus diferentes.

O momento da prática extensionista que a V SACS - UFPR se propõe deve viabilizar a devolução e a socialização de informações conseguidas em estudos e pesquisas aos sujeitos sociais envolvidos e contribuir no desenvolvimento contínuo dos conhecimentos acerca do social, bem como trazer para o espaço acadêmico as discussões e problemáticas que os agentes fora da academia se defrontam todos os dias.

 

Público Alvo

Pelo caráter do espaço que se procura construir de troca de informações e experiências de interesse coletivo e individual, que a V SACS - UFPR é pensada como aberta a diferentes pessoas e opiniões, sendo os seguintes os seus principais destinatários: